quarta-feira, 2 de abril de 2014

Brasil na Primeira Guerra Mundial:


Nos três primeiros anos do conflito, o Brasil manteve-se “neutro”; mas no dia 05 de Abril de 1917, o navio brasileiro “Paraná” foi torpedeado supostamente por um submarino alemão. Como resposta, no dia 11.04.1917, o país rompeu relações diplomáticas com os países da Tríplice Aliança. Mas a “gota d’água” foi o ataque ao cargueiro brasileiro “Macau” (torpedeado por um submarino alemão perto da costa da Espanha)...


Em 26 de Outubro de 1917, o Presidente Venceslau Brás declarou guerra à Tríplice Aliança!


A partir deste momento, a sociedade brasileira se dividiu: sob a liderança de políticos (como Ruy Barbosa), muitos intelectuais exigiam a participação efetiva do Brasil neste conflito; enquanto outros (como Monteiro Lobato) criticavam esta postura “nacionalista” – pois não passava de um artífice para desviar a atenção dos reais problemas sociais do país...


Na prática, a participação do Brasil nas frentes de batalha foi muito pequena...

Mas não menos heroica!


Em 1918, as tropas brasileiras desembarcaram no território europeu – a Marinha ficou encarregada de patrulhar a costa noroeste da África(combatendo os temíveis submarinos inimigos); o Exército auxiliou as tropas francesas; e a Aeronáutica mandou um pequeno grupo de aviadores para se juntar à RAF (Royal Air Force) britânica no Estreito de Gibraltar!


Gibraltar é um território britânico ultramarino localizado no extremo sul da Península Ibérica; com uma estreita fronteira terrestre a norte (Espanha); e limitada por todos os outros lados pelo Mar Mediterrâneo e pelo Oceano Atlântico.


Conhecido como “O Rochedo”; a pequena península foi cedida à Grã-Bretanha pelo Tratado de Ultrech (em 1713); e até hoje representa um importantíssimo ponto estratégico – pois é a principal porta marítima do sul da Europa e do norte da África...


Como a Espanha permaneceu-se neutra durante a Primeira Guerra Mundial; a RAF optou por concentrar seus esforços nos combates contra a “Frente Ocidental” do Império Alemão; e durante muito tempo, Gibraltar permaneceu vulnerável – exceto pela pequena base aérea que heroicamente protegia os cerca de 15.000 habitantes do Rochedo...

Eis o motivo pelo qual o reforço brasileiro mostrou-se tão necessário à vitória dos Aliados!


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